sábado, 30 de maio de 2009

Reconciliar-se com a própria história




Nossa história, quase sempre, não é do jeito que gostaríamos

Os cenários da história – tanto universal quanto pessoal – são sempre povoados, marcados por uma trama de significados e expressões que dão cor e direção aos corações e à vida de um povo. A história do homem traz consigo inúmeras marcas; algumas positivas e outras profundamente negativas e desestruturadoras. Enfim, toda história tem a sua “história” a contar, toda vida derramada no solo do tempo tem suas partes para reconciliar...

Há historiadores que definem a história humana como “história de guerras e conflitos”, e, de fato, tal afirmação não está ausente de verdade. Esta é mesmo marcada por diversas dores e contrariedades que se entrelaçam em uma constante dinâmica de morte e de vida.

No âmbito singular e pessoal não é diferente. Quando olhamos para a história de nossos próprios dias, sem dúvida, seremos capazes de aí perceber realidades que não desejamos nem quereríamos que aí estivessem.

Nossa história e as circunstâncias que a configuram, quase sempre, não são do jeito que queremos, por vezes, nossa biografia é povoada por erros e frustrações que não desejamos nem convidamos para nela habitar.

Há quem se envergonhe de sua própria história e há outros que dela fogem perpetuamente. Há quem não consiga se reconciliar com as perdas e contrariedades contidas na própria existência, nunca assumindo os próprios erros e fragilidades, e assim vivendo como alguém que “foge” eternamente da própria sombra.

Muitas vezes, nossa história é mesmo perpassada por realidades que são difíceis de lidar e encarar, todavia, ninguém pode se tornar verdadeiramente maduro e liberto na vida se não faz a experiência de se encarar naquilo que é.

A arte de se encontrar e reconciliar-se com a própria história pode ser fonte de aguda dor, contudo, é também fonte de intensa realização e emancipação existencial. Não existe outro caminho para crescer e ser gente na vida, pois, sem se reconciliar consigo e com as cenas que emolduram o seu próprio caminho de vida, o ser humano torna-se escravo de si mesmo e ausenta-se da alegria de poder aceitar-se naquilo que é.

Diante do real – de nossa identidade – poderemos fugir criando ilusões para mascarar o que somos ou poderemos enfrentar – mesmo sangrando – nossa verdade, extraindo dela a vida e a esperança que brotam do fato de não termos de fingir e encenar para sempre.

Nossa história pode ser fonte de lembranças dolorosas, sim, mas também pode – com uma força extraordinária – ser fonte de autêntica e encarnada libertação. Reconciliar-se, pois, com a própria história: Eis o desafio e a oportunidade de nos compreendermos amados e aceitos no que somos.

Esse é um caminho difícil, mas o fazemos acompanhados: dirigidos pelo infinito Amor, que dá sentido às nossas perdas e nos sustenta em nossas lutas. Assim seremos mais autênticos e livres na existência e poderemos construir nosso futuro com escolhas sábias e pautadas no Amor.

Adriano Zandoná é seminarista da Comunidade Canção Nova em Palmas/TO

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Viver em intimidade com Espírito Santo



Viver em intimidade com Espírito Santo


“Vinde Espírito Santo, vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima esposa”.

Nesse tempo de caminho dentro no ministério de música e do serviço à Igreja, de forma geral, aprendi que todos nós desejamos ser instrumentos eficazes nas mãos de Deus. Esforçamo-nos para dar o melhor de nós e rezamos ao Pai que nos unja no exercício do nosso ministério. Não é mesmo?

Nós temos consciência de que é a ação do Espírito Santo em nós que nos possibilita experimentar o toque de Deus e, por consequência, a eficácia da missão. Daí sempre clamarmos a presença do Divino Espírito sobre nós, sobre nosso ministério, sobre todas as pessoas.

Estamos finalizando o mês de maio e nos aproximando da Festa de Pentecostes. Durante este mês nós conversamos um pouco sobre a importância de Maria, nossa Mãe e Mãe de Deus, para nos ensinar e nos ajudar a sermos servos e ministros do Senhor e do Seu Reino. Portanto, hoje, quero recordar-lhes que a Santíssima Virgem Maria, a Esposa do Espírito Santo, estava também reunida em oração quando do derramamento d'Ele sobre os apóstolos em Pentecostes.

Maria, a amadíssima esposa do Divino Espírito, intercede ainda hoje para que nós também sejamos batizados n'Ele e façamos a experiência de intimidade com Deus.

Ora, tendo consciência de que somente por um relacionamento com a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade nos tornamos ungidos, precisamos clamá-Lo todos os dias e em todos os momentos, não somente quando formos exercer o ministério, mas também nas funções do dia-a-dia, pois Ele nos santifica.

De várias orações que a Igreja possui para clamá-Lo, uma das mais belas é a que acima foi citada. É por meio da intercessão da Virgem Maria que pedimos ao Espírito Santo que venha sobre nós e fique conosco.

Portanto, meu irmão, a intimidade com Nossa Senhora também nos possibilita uma intimidade com o Espírito Santo Paráclito. Duas coisas ficam para nós hoje: sempre clamarmos o Espírito Santo e perseverarmos na amizade com a Virgem Mãe de Deus, nossa Mãe.

Que você, pelas mãos de Maria, seja repleto do Espírito Santo hoje e sempre!

Com orações,


Emanuel Stênio
Comunidade Canção Nova

terça-feira, 26 de maio de 2009

Entrega dos Estatutos Doce Mãe de Deus

A infidelidade não é quando se acha outro, ou outra coisa,
mas quando não estamos por inteiros com
aquele que fazemos o compromisso.














ENTRAR NA PORCIÚNCULA

Entrar na Porciúncula, com Francisco de Assis, é nascer de novo, pelo Espírito do Senhor.

– Foi nesta igrejinha que o jovem Francisco, procurando descobrir a vontade do Senhor a seu respeito, escutou o Evangelho, pediu ao sacerdote que lho explicasse e, exultando de alegria, exclamou: “Isto mesmo eu quero, isto peço, isto anseio poder realizar com todo o coração”. E, passando da vida eremítica, dedicou-se ao anúncio itinerante da Palavra de Deus entre o povo.

» Na procura de um sentido para a tua vida, escuta a Palavra do Senhor. Nela encontrarás a missão que te há-de fazer feliz!

Entrar na Porciúncula, com Francisco de Assis, é descobrir uma “geografia da salvação”, marcada por espaços e lugares que constituem especiais manifestações do Senhor.

– Foi nesta igrejinha que Francisco, embora sabendo que o Reino de Deus se encontra por todos os lugares da terra, e que a graça do Senhor pode ser dada em todos os lugares, foi saboreando aqui uma especial presença e graça do Deus da sua aventura evangélica e missionária. Por isso, repetia: “Meus filhos, tende cuidado em nunca abandonar este lugar. Se dele vos expulsarem por uma porta, entrai logo por outra, porque este lugar é verdadeiramente santo; é a casa de Cristo e da Virgem sua Mãe”.

» Na tua peregrinação sobre a terra, vai marcando alguns lugares como especiais no teu encontro com o Deus da História, a começar pelo santuário do teu coração.

Entrar na Porciúncula, com Francisco de Assis, é encontrar-se com Maria, rodeada de Anjos, mas tendo na fidelidade ao Evangelho a bússola das grandes opções.

– Foi nesta igrejinha que Francisco, zeloso pelo seu privilégio de ser pobre, responde a um irmão: “Se não vês outra maneira de prover ás necessidades dos irmãos, vai ao altar da Virgem e despoja-o dos seus ornamentos. Acredita, a Senhora há-de comprazer-se mais em ver despojado o seu altar para podermos observar o Evangelho do seu Filho, do que ver adornado o altar e desprezado a Ele”.

» Em caso de conflito entre devoções e fidelidade ao Senhor, não hesites: só o Evangelho te levará a construir a vida sobre a rocha firme da Palavra de Deus!

Entrar na Porciúncula, com Francisco de Assis, é saber-se abraçado pela ternura misericordiosa do Pai.

– Foi nesta igrejinha que Francisco, pensando com amargura nos anos e pecados do passado, sentiu a alegria do Espírito Santo e a certeza de que estava totalmente perdoado. Por isso, pediu ao senhor Papa que todos os que entrassem nesta igrejinha, como devotos peregrinos e penitentes, participassem desta “graça do Perdão”.

» Quando sentires o peso do pecado e do conflito interior, acredita que a misericórdia do Pai, o abraço de Cristo e a ternura do Espírito são mais fortes e mais belos que todos os pecados do mundo.

Entrar na Porciúncula, com Francisco de Assis, é abrir os braços e acolher cada pessoa como irmão.
– Foi nesta igrejinha que o Papa João Paulo II, seguindo os passos do Poverello de Assis, reuniu há 20 anos e pela primeira na história da Humanidade, os líderes das grandes religiões do Mundo para orar e jejuar pela Paz.

» No teu meio ambiente, sê um instrumento da Paz, do Diálogo e do Espírito de Assis

Noite do Ingresso! Noite Feliz!













Nosso primeiro retiro

Estas são as fotos de nosso primeiro retiro, dias de decisão,aprofundamento e momento de redigirmos a "carta" onde pedimos o ingresso na CDMD. Grande emoção para todos.