domingo, 16 de janeiro de 2011

As lições que aprendi com o lápis!

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Certa vez, alguém, bem inspirado, disse que a vida é um eterno aprendizado, no qual os dias sempre surgem como a oportunidade de aprendermos novas lições. Nestes dias, por exemplo, tenho sido particularmente sugerido por alguns ensinamentos do lápis. Inicialmente, fiquei fascinado com uma frase de Madre Teresa de Calcutá, que olhando para sua vocação, conclui: “Não sou nada, senão um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do meu Senhor, com o qual Ele escreve aquilo que deseja”. Quando me deparei diante desse fragmento, fiquei surpreso por encontrar tantas lições veladas em um simples objeto, lições importantes que, se bem aprendidas, nos sugerem uma gama de significados para a nossa vida, nossa história, nossa vocação.
Não gostaria de ser metódico ao discorrer sobre os ensinamentos apresentados pelo lápis, contudo, penso que inevitavelmente o serei, pelo desejo de juntos explorarmos sua riqueza, tal como o garimpeiro se dispõe quando encontra uma mina. Com o lápis aprendemos, primeiro: a lição da confiança e do abandono em Deus. Ele nos sugere que podemos fazer grandes coisas, mas não devemos nos esquecer de que existe uma Mão que guia nossos passos, uma Mão que deseja nos conduzir. É preciso nos submetermos a essa Mão, deixando-nos ser conduzidos e orientados por ela, ainda que não seja do modo como gostaríamos que fosse. Um lápis, sem uma mão que o tome e o oriente, não tem muito sentido.
A segunda lição:  na vida da gente, depois de algum tempo tempo, precisamos ser apontados. Passar pelo apontador não deve ser muito agradável ao lápis, mas para que a ponta fique evidente e apropriada para a escrita, ele precisa se deixar cortar. E deixar-se "cortar na carne". É bem verdade que temos medo do "apontador", e isso acontece porque sabemos que afiar a ponta significa quase sempre cortar excessos, aparar o que está sobrando, tirar o que não precisamos mais, e isso é muito difícil, embora seja necessário para o nosso crescimento. A beleza escondida nessa lição nos leva a uma terceira: ao passar pelo apontador, o lápis foi cortado em sua parte externa, mas também em seu interior. O grafite também foi modelado, renovado. Passou por um processo educador, porque educar, ex-ducere, quer dizer, em latim, "evocar a verdade"; tirar, extrair, trazer para fora o novo. O que realmente importa no lápis, não é simplesmente a madeira ou seu aspecto externo, mas sobretudo, o grafite que está dentro. Para que a escrita fique perfeita, a ponta precisa ser feita por inteiro, daí a importância do cuidado com aquilo que acontece em nosso interior.
A quarta lição: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. A necessidade da borracha nos faz abandonar atitudes e vícios, nos faz mudar comportamentos, mentalidade, convicções... E nos faz olhar em outras direções, pedir perdão, voltar atrás, recomeçar, superar o egoísmo e a autossuficiência. É interessante como, de um modo admirável, o lápis nos ensina a necessidade que temos da "borracha" quando estamos diante do erro.
Finalmente, a quinta lição é que o lápis sempre deixa uma marca. Tudo o que fazemos, de algum modo, marca as pessoas, e marca, sobretudo, nós mesmos. A qualidade dessas marcas sempre resulta das escolhas que fazemos diante daquelas outras lições. É preciso deixar as boas marcas para as quais o lápis foi gerado. Se ainda não as [boas marcas] deixamos, é tempo de recomeçar. É tempo de escrevermos uma nova história. É preciso, tal como o lápis, nos abandonarmos. O tempo é agora. O tempo é neste dia que se chama HOJE. Um Bom Mestre está sentado à mesa e à Sua frente há um lápis, um apontador, uma borracha e uma folha em branco assinada. Ele olha para a folha, toma o lápis em Sua  Mão e concorda com Santo Agostinho dizendo: “Ter fé, isto é, se abandonar, é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela com o lápis da nossa vida o que quiser”.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ano novo! Vida nova!


Queridos irmãos e irmãs, iniciamos mais um ano e sempre neste tempo, renovamos as nossas esperanças, fazemos também muitas promessas, para que os erros cometidos no passado, não voltem a acontecer. Mas, para que isso aconteça de fato, precisamos abrir ainda mais o nosso coração para Deus e assim sermos conduzidos por Sua luz, a fim de que as trevas não atrapalhem a nossa ventura.
Na festa que celebramos hoje, a Epifania do Senhor (Primeira manifestação de Deus), o Deus da luz nos convida a irmos ao Seu encontro e diante Dele, abrirmos o cofre do nosso coração, entregando a Ele o mais valioso bem que todos nós possuímos a VIDA. Deus, em seu profundo amor acolhe a nossa oferta e nos oferece muito mais do que ofertamos. Pois, a verdadeira alegria consiste em dar-se plenamente a Deus.
Nesta semana que passou, a última do ano de 2010, uma irmã de comunidade escreveu uma frase no seu twitter que me chamou atenção: “Estou sem destino na virada”. Ela se referia ao local que passaria o reveillon. Entretanto, eu interpretei esta frase de uma maneira diferente, não no caso dela, que passou o final de ano em nossa Casa Mãe (Discípulo Amado), mas na vida de muita gente que não percebe o grande amor de Deus.  É que muitas pessoas realmente estão sem “destino”, não apenas na “virada”, como também na vida e por isso, não conseguem crescer e serem felizes, elas pensam apenas, no hoje e não conseguem construir nada, porque são imediatistas.
O meu e o seu destino, está em fazer unicamente a vontade de Deus. Nós fomos predestinados a vivermos em Deus. Sem Ele não produziremos frutos que permaneçam e sem a sua força e o seu amor cairemos na solidão, definitivamente.
“Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice és tu que garantes o meu futuro” Sl 15,5
Entregando-nos a Deus, encontraremos Nele o verdadeiro destino do ser humano: Ser Filho de Deus , perceberemos que neste mundo, só há plenitude de vida, se estivermos unidos a Ele. Portanto, sigamos a Cristo seguindo a estrela de Belém, que é a Igreja, para o adorarmos em espírito e em verdade. De joelhos diante Dele, ficaremos de pé nos momentos difíceis que, provavelmente, iremos nos deparar neste novo ano. Pois, ainda caminhamos na penumbra da fé.
Que Maria, a Doce Mãe de Deus, rogue por nós, nos conduzindo no caminho da paz.
Deus abençoe a todos e um Feliz Ano na benção do Senhor.

Pe. José André CDMD
Twitter @padrejoseandre1