sábado, 27 de agosto de 2011

“VIVA O CARISMA”!!!


No dia 29 de agosto, a Igreja celebra na sua liturgia, o martírio de São João Batista. Há 22 anos passados (1989), surge neste mesmo dia, a Comunidade Doce Mãe de Deus, como uma resposta do Espírito aos tempos atuais, tão marcado pelo ataque às famílias e a própria Igreja.
Nascemos vivenciando as dores de parto de uma nova época, com o ruir das ideologias que, tanto impacto e atração exerceram e, de outras formas, ainda exercem no continente latino americano. Já no início deste novo milênio nos deparamos com o pensamento “relativista”, que quer se impor como único. Estas propostas não são capazes de responder a necessidade de plenitude da pessoa, como também, são incapazes de solucionar os graves e crescentes problemas do nosso continente e do mundo.

Neste quadro histórico, surge a Comunidade Doce Mãe de Deus, como resposta providencial do Espírito. Somos um novo Carisma para um novo tempo afim de que, na Igreja e com a Igreja, propor, de forma positiva, aos homens  uma experiência real com a pessoa viva de Jesus Cristo. Está experiência nos dá a alegria de ser cristãos, a necessidade de pertencer à Igreja e de vivenciar os Sacramentos.
O Carisma Doce Mãe de Deus chega num tempo de grandes desafios, numa época marcada pela descristianização dos povos, quando não, a pregação, por tantos de um cristianismo light e relaxado, que tenta sucumbir a maior marca e símbolo dos cristãos, que é a “Cruz de Cristo”.

Este novo Carisma, não só soergue o madeiro da cruz, mas também o crava na alma e na vida de tantos, que são chamados com autenticidade a acolher o “Deus do presépio, o Deus do calvário e o Deus do altar”. Somos chamados a “ser testemunha do mistério da salvação de Cristo pelo amor da santa cruz”. Da cruz, renegada por este mundo laicizante, brota a vida e a vocação deste novo povo na Igreja. Somos arautos de um tesouro que encontramos e nele somos chamados a gastar as nossas vidas.
Espetacular é a confiança que Deus deposita nos escolhidos por seu Filho, para encarnar um Carisma e distribuí-lo àqueles e àquelas que Ele chamar. Sabemos que o ser humano tem as suas fragilidades, por isso admiro como o Criador entregou ao seu alvitre tamanha grandiosidade, saída de suas mãos.

O fundador Inaldo Alexandre da Silva é um guerreiro, um homem audacioso, perspicaz, valente e destemido. Este filho de Deus não sossegará enquanto não for plenamente consumido pela vontade do Deus, que o chamou. Olhando para a vela que se consome no fogo, eis a vida deste irmão, sendo consumida no fogo do altar de Deus. Um profeta dos tempos atuais, um verdadeiro evangelizador, um homem que ama a Deus e se inclina à sua vontade.
Somos todos seguidores de Cristo, no qual a cada dia desbravamos este novo jeito de ser na Igreja e no mundo.
A nova evangelização exige reforço da identidade católica e seu sentido de pertença a Igreja. As pessoas querem coerência, testemunhas coerentes entre o anúncio e a vida. Não se pode anunciar o Evangelho, sem ter uma credibilidade no estilo de nossa vida. Como defensores e guardiões de um Carisma, precisamos de pessoas firmes na fé, circunspectos e sábios.  Pessoas com muito Carisma, e com grande amor no coração.

Apesar de estarmos com os pés numa época marcada pela descristianização, o Projeto João Paulo II de nossa Comunidade, com o Pe. Márcio José a frente, confirma que há muitos jovens entusiastas e dispostos a doar-se, por amor ao Reino de Deus e a sua Igreja. Eis uma resposta concreta que o Carisma Doce Mãe de Deus dá ao mundo, que tantas vezes, torna-se ausente das coisas de Deus. Com a “Juventude João Paulo II”, celebramos vinte e dois anos, e com ela caminhamos, para o “jubileu de prata” no ano de 2014, mesmo ano da copa do mundo, em nosso alvissareiro Brasil.
As Novas Comunidades revelam um Deus que “não dorme”, atento às necessidades do seu povo a cada momento da história. Assim, Ele vai se revelando e mostrando, que só Ele, é o Senhor da vida e da humanidade.

Viva a Deus!

Viva a sua Igreja!

Viva aos 22 anos da Doce Mãe de Deus!

Celebremos este novo dia, com orações.

Diác. Wellington,CDMD

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Da dor ao Testemunho

Na conjuntura atual percebemos que a temática da dor e do sofrimento torna-se bastante pertinente, pois, cada vez mais acompanhamos tal modernidade que cria e recria recursos que amenizem o impacto das mesmas. Partindo desta temática podemos pautar nossa discussão a partir de uma pergunta: De onde vem a dor e qual sua finalidade?
Estamos cercados de anúncios no campo da fé que motiva as pessoas a rejeitar todo tipo de dor, colocando-a na condição oposta aquilo que venha a ser de Deus, no entanto, no Evangelho, Jesus é bastante enfático: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (cf. Mc 8,34). A proposta de Jesus não significa um ato de masoquismo, mas si um ato de coragem, um ato que possibilita aquele que faz esta experiência, compreender que sendo a dor inerente a condição humana, ela não é o fim, mas o princípio, onde acontece um encontro da finitude humana e infinitude divina.

Deus prova aquele que ama! Ele faz isso, não porque seja malvado, mas porque é mediante a provação que o homem experimenta a dependência que ele tem de Deus, dependência esta, que não oprime nem escraviza, mas liberta, uma vez que, ao reconhecer a dependência de Deus ainda que seja diante do sofrimento e da dor, o homem pode contemplar a beleza na qual sua vida está envolvida em vista de sua criação a Imagem e Semelhança de Deus.
“Se aos olhos dos homens suportaram uma correção, a esperança deles era portadora de imortalidade e, por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens porque Deus, que os provou achou-os dignos de si”. (cf. Sab 3,4-6) Irmãos a medida com a qual somos provados será sempre menor do que a medida com a qual somos amados. Se compreendermos isto, seremos felizes, pois, conseguiremos fazer a passagem da dor ao testemunho e, nesta graça encontraremo-nos como a obra prima das mãos de Deus, que nos provou, porque nos achou dignos Dele.

Testemunhemos, pois, a graça de saber que a dor por maior que ela seja, nunca terá mais força que o amor e, este amor é Jesus Cristo, que no seu sofrimento, nos convida a sermos testemunhas do amor, que é Ele mesmo, logo, a finalidade do sofrimento é fazer-nos participar dos sofrimentos de Cristo, em vista do amor de Deus que Nele por nós foi derramado abundantemente.

Deus vos guarde!

Helton Morais
Comunidade Doce Mãe de Deus

"CÉU NESTA TERRA"

Somos um povo novo, nascido do coração de Deus, e no Seu infinito amor, Ele nos escolheu “para sermos santos e íntegros diante do seu Divino olhar” (Ef 1,4). Em nós existe o germe Divino, a santidade de Deus, porque “fomos feitos seus herdeiros, predestinados a ser, para louvor de sua glória” (Ef 1,12). Recebemos a marca indelével de Cristo, que é a “garantia da nossa herança” (Ef 1,14a). Portanto, digamos sem medo: Somos do céu! E este céu deve ser uma realidade em toda nossa vida.

O grande exemplo que temos de quem conseguiu revelar o céu nesta terra, foi Maria, a Doce Mãe de Deus. Verdadeiramente não houve, neste mundo, quem mais transbordou esta realidade invisível, mas tão presente. Ela, no seu “Fiat”, acolheu a Palavra de Deus encarnada em seu ventre materno e nos ofereceu deste modo, a vida em plenitude que se encontra apenas, no Redentor de nossas almas. Maria, aos pés da cruz, testemunha para toda humanidade a certeza do céu, pois mesmo diante do filho crucificado, o Servo Sofredor e perante o seu próprio sofrimento de Mãe e de Fiel discípula, não se prostra de dor, pelo contrário, permanece de pé, com um coração ardente de amor e de esperança. Postura de uma nova mulher, que acredita no céu, mesmo diante das trevas.

Que este santo exemplo da Mãe de Jesus, nos motive a sermos mais do céu, e assim, inflamados de amor pelo infinito, não nos desviemos do chamamento de Cristo, que é irrevogável. Como é grandioso contemplar um jovem, ou mesmo, uma família inteira consagrando inteiramente as suas vidas a Deus. Realmente é céu nesta terra! Fico feliz por conhecer tantos irmãos e irmãs, que se entregaram de maneira definitiva a Cristo e a sua Igreja, por meio do carisma Doce Mãe de Deus. A Deus, toda a minha gratidão por essas vidas tão generosas.

Peçamos ao Senhor, por intermédio da Bem Aventurada Virgem Maria, que esta esperança no céu preencha toda nossa vida. As incertezas deste mundo não podem abater o nosso coração, pelo grande amor de Deus por nós! Compreendamos irmãos, que acolhendo a Jesus Cristo, o “Verdadeiro Pão do céu” nesta terra, nossa vida será repleta de felicidade.

Que a Virgem da Assunção, rogue por nós a Deus nesta santa caminhada.

Deus abençoe a todos!

Pe José André CDMD

domingo, 21 de agosto de 2011

O gafanhoto e a cura




Há algumas semanas orava agradecendo ao Senhor uma grande graça de salvação e libertação. Pedi-lhe uma passagem que a confirmasse e Ele me deu o texto em que Joel descreve uma invasão de gafanhotos sobre o povo infiel, que se converte e ouve do Senhor uma inusitada promessa:
 “Eu vos devolverei os anos que o gafanhoto devorou, o yeleq, o hasil e o gazam, meu grande exército [de gafanhotos] que enviei contra vós”. Comereis até fartar-vos, louvareis o nome de Iahweh vosso Deus, que vos tratou de modo maravilhoso, meu povo não se envergonhará nunca mais. (Joel 2, 25s)
Feliz, comecei logo a imaginar como o Senhor me restituiria tantos anos de enganos, cegueiras, pecados, como reconstruiria aqueles “anos de gafanhotos” em minha vida, o tempo que havia perdido, as pessoas que havia magoado, o mal que eu havia feito, o bem que havia deixado de praticar. Sabia que, como sempre, Nosso Senhor me surpreenderia, pois Ele não se deixa vencer em misericórdia e bondade. Não contava, contudo, com o que me diria a seguir.
Mostrou-me uma planta cuja folha maior havia sido destruída por gafanhotos. Em sua superfície havia buracos, mordeduras e raladuras. Perguntou-me, então, como remendaria aquela folha. “Senhor, não sei. Para mim isso seria impossível, mas para ti, tudo é possível, inclusive fazer voltar o passado.”
“Acontece que não sou um Deus de fazer voltar o passado. Veja, com minha ressurreição e o envio do Espírito Santo, aqueles que creram tornaram-se novas criaturas, não criaturas remendadas.”
Na mesma planta que me havia mostrado, começou a surgir outra folha: novinha em folha, verdinha, saudável, viçosa. Nosso Senhor, então, me explicou que era essa a Sua obra: fazer novas todas as coisas, não remendar as velhas. Em meu orgulho e presunção, na mania de querer mandar em minha vida, eu poderia até querer que o passado fosse reconstruído, remendado, mas não era essa a forma de Ele agir. A própria história da salvação comprova isso. Ele é o Senhor da vida ressuscitada, da vida nova. É o Senhor que descongela o rio do passado e o faz correr, cálido e fecundo, para uma vida nova e para a feliz eternidade. É o Senhor das folhas vivas, novas, sadias.
Caí em mim. Percebi o quanto insistimos com o Senhor sobre refazer, reconstruir o nosso passado. Como desejamos que o tempo retroceda para que vivamos bem o que havíamos vivido mal. Como diz Eclesiastes, “vaidade das vaidades”! Na verdade, “orgulho dos orgulhos”. Grande presunção achar que faria tudo diferente!
Sabemos que do ponto de vista do tempo, o passado é o único tempo que me pertence, pois o presente acaba de passar e o futuro ainda não chegou. Entretanto, ele me pertence como passado e não como presente! Pertence-me para que o utilize como “matéria prima”, como aprendizado para o presente com vistas ao futuro. Para que ele voltasse, teria que ter a mesma idade, exatamente as mesmas circunstâncias, as mesmas pessoas, os mesmos sentimentos, pensamentos, mentalidade. Daí – triste realidade! – provavelmente o viveria do mesmo jeito. Seria, portanto, tolice, pedir a Deus que reconstrua nosso passado, que o modifique. No máximo, podemos – devemos! – pedir-lhe que o ordene para o amor, ou seja, que o faça funcionar segundo as leis do amor e gere em nós humildade, tolerância, paciência, fé, esperança, todas frutos da lei da caridade.
É então que se dá o milagre: segundo as leis do amor de Deus, o passado mal vivido não é remendado – correríamos o risco de colocar remendo novo em pano velho! – mas renovado, transformado em algo totalmente novo, totalmente melhor, totalmente diferente, elevado, divinizado. Antes sofrido e voltado para nós mesmos, passa a ser, agora, cheio de esperança e voltado para o amor, para o Evangelho, apontado para o outro, para a vida eterna, tendo por alvo o céu.
É a folha nova, a vida nova, a graça nova, a oportunidade nova que Nosso Senhor nos dá. Pelo arrependimento, confissão, graça de Deus, graça da salvação, somos novas criaturas, nascidos de novo e o gafanhoto, com a graça de Deus, “nunca mais nos envergonhará”.


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por Emmir Nogueira, Co-Fundadora da Comunidade Shalom *
Comunidade Shalom

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz na castidade



Sou Jovem: feliz na castidade

Amigos jovens! Torno-me um de vós com o desejo de compreender vossos anseios mais profundos. Faço a cada dia uma opção de escutar e tentar dar pistas àqueles que se abrem para uma palavra encorajadora.

Vivemos numa sociedade atual marcada pela subjetividade e a globalização. Ao mesmo tempo, busca-se a realização do próprio “eu” e a necessidade de viver em grupo aceitando tudo aquilo que todos falam ou fazem. Busca-se também a felicidade, mas nem sempre está firmada pela ética do bem comum, encontrando sua satisfação na cultura hedonista.

É preciso admitir que um jovem no século XXI se depara em uma “mudança de época” com muitas expectativas positivas, mas também com dúvidas a respeito dos comportamentos. As decisões e escolhas na fase da juventude atual se baseiam nas experiências de relacionamentos. Por outro lado, diante de tantas mudanças em tempo curto de passagem, torna-se mais complexo identificar o que é certo e o que é errado, dependendo do referencial que se toma como base.

Castidade é sinônimo de felicidade. O feliz é aquele que está em harmonia dentro de si. Ele vê as coisas ao seu redor com gratuidade. Sabe discernir o que é para ele e o que não convém para sua felicidade.

Agradeço a Deus pelos inúmeros jovens que tenho encontrado nestes últimos anos. Aqueles que se dedicam com radicalidade por uma vida de pureza. Tenho escutado partilhas edificantes daqueles que, na experiência do namoro ou não, se preparam para um digno matrimônio futuro. Suas vidas são modelos de jovens castos.

É preciso dizer daquilo que ameaça a real felicidade na juventude contemporânea. Experiências como ficar está na moda entre os jovens. Essa situação facilmente já aconteceu com a maioria. Os resultados dessa prática são: mães solteiras, famílias destruídas, meninas que estão fazendo aborto, doenças sexualmente transmissíveis, depressões, e tantas mais. Outra degradação do ser humano é a prostituição que muitas vezes é tratada como um comércio ou uma indústria que reduz o rico mistério da sexualidade humana a uma simples comodidade. O erotismo e a pornografia, que distorce e até vulgariza o afeto entres as pessoas, está obrigando jovens a serem obscenos, sem preservar a intimidade. Outro problema que afeta os jovens é a dependência da prática da masturbação, que pode ser sinal de que algo internamente na pessoa não vai bem. Esses e outros são desafios que enfrentamos os quais devemos conhecê-los e lutar contra eles.

Ser puro é ser casto, é guardar a entrega total do corpo para quem nos ama de verdade e com quem temos a certeza de poder viver para sempre. Somente o amor verdadeiro pode fazer alguém dar-se por inteiro, inclusive na dimensão da corporeidade. O verdadeiro amor busca a união com a outra pessoa. A fé e as orações muito nos ajudam na perseverança e serenidade na fidelidade da capacidade de amar na verdade. Somos convidados a manter pura nossa vida, nos relacionarmos na segurança do verdadeiro amor.

Que o Senhor nos ajude a não desperdiçarmos o tempo de nossa juventude no cansaço de uma vida sem ideais. À Nossa Senhora, jovem de Nazaré, confiemos a conservação da pureza original e que realizemos a vontade Daquele que nos criou.

Pe. Márcio José Costa Teixeira

(Comunidade Doce Mãe de Deus)

Twitter: @pemarciocdmd