A
liberdade é conquistada sem ideologias, evidenciada na verdade. Muitos
dizem que ao entrar para a Igreja, ou frequentá-la regularmente torna-se
um perigo para a liberdade. Veem a religião como um conjunto
de restrições que, além de roubar sua "liberdade" fecha seus olhos para o
mundo, colocando como que viseiras.
Por ignorância é confundido liberdade com libertinagem.
Dizem "sou livre" e, vivem num hedonismo sem precedentes, sobretudo na
pós-modernidade, período em que é detestado o limite, a privação, e o
sofrimento é visto como um castigo. Contudo, na sabedoria de Léon
Tolstói, escritor Russo do século XIX, encontramos um fragmento do
conceito autêntico, acerca da liberdade. Léon diz que " não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade" ouso
acrescentar, a verdade de uma maneira integral, pura em sua essência,
não a verdade equivocada. Contudo, Tolstói completa dizendo "a liberdade não é um fim, mas uma consequência", consequência de uma verdade bem vivida. Encontramos
um exemplo claro na vida e conversão de Santo Agostinho. O Doutor e
Bispo da Igreja transitou por todas as correntes da filosofia pagã indo
do maniqueísmo ao neoplatonismo. Buscou, pois, a verdade em várias
doutrinas, nenhuma a preencheu, sua sede de verdade o fez ir
além, e nas pregações de Santo Ambrósio, enfim, encontrou-se com a
verdade, que o fez rezar "tarde te amei, Beleza antiga e tão nova, eis que procurava fora o que estava dentro de mim", e a consequência desta verdade foi justamente a liberdade, tão grande que o levou às honras dos altares.
Jesus
Cristo é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6),
portanto não andemos por atalhos, nem escolhamos a mentira, que por
vezes nos engana, e por fim "escolhe pois a Vida" (Dt. 30,19).
Não
permita que as ideologias neutralizem seus pensamentos, aliene sua
consciência, pois, deste modo estará corrompendo a sua liberdade, e por
conseguinte afastando-se da verdade. Busque a resposta para um mundo em
que as ideologias querem igualar tudo, relativizar os conceitos eternos,
pondo à prova as palavras de Cristo. Quem disse que o que é falado nas
universidades, na mídia corresponde com a verdade, e prima pela
liberdade do receptor, qual o critério usado para propagar essas
"verdades". Ao meu pensar, surge como confusão para uma geração "ctrl+c"
- "ctrl+v". Estamos fadados a nos tornar repetidores de meras
informações inverídicas, papagaios de uma mídia decadente. Críticos de
plantão, questionem seus próprios conceitos, apurem suas "verdades",
sejam fiéis consigo mesmos. Neste quebra-cabeça um lado da liberdade
encaixa-se com a verdade, porém, se isso não acontece em suas
concepções, está na hora de recomeçar à exemplo de Santo Agostinho.
Dentro da Igreja sua visão se aguça, pois é na doutrina da Igreja,
fundamentada na verdade do Evangelho, que encontraremos as respostas
para as aspirações humanas mais profundas. Todavia, no Evangelho não
encontramos meias verdades, e porque na Igreja encontraríamos? Muitos
tentam ajustar os ensinamentos da Igreja de um modo que lhes agradem,
permanecendo apenas com o mel da vida cristã, o fel, a cruz de Cristo,
poucos abraçam.Ora, Cristo veio ao mundo para agradar os homens ou ao
Pai?Suas palavras são fortes, somente corajosos a vivem. "Se alguém quer
me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." (Lc 9,23). Ou
somos íntegros e coerentes, ou estamos fragmentados com as meias
verdades de um mundo pós-moderno mutilado, prostrado diante de uma
liberdade ilusória.
O coração humano anseia pela liberdade justificada na verdade. Verdade esta que "não é fruto da imaginação de cada indivíduo" como disse nosso saudoso beato João Paulo II.
Rodrigo Stankevicz
Paz e Bem!
ResponderExcluirMto bom esse texto!
Precisamos dar testemunho com vigor dessa liberdade q encontramos, para que o mundo tbm encontre!